O que faz um Ministro de Culto Religioso
Profissionais exercendo a profissão de Ministro de Culto Religioso realizam liturgias, celebrações, cultos e ritos, dirigem e administram comunidades, formam pessoas segundo preceitos religiosos das diferentes tradições, orientam pessoas, realizam ação social junto à comunidade, pesquisam a doutrina religiosa, transmitem ensinamentos religiosos, praticam vida contemplativa e meditativa, preservam a tradição e, para isso, é essencial o exercício contínuo de competências pessoais específicas.
Algumas das principais funções da profissão
- Celebrar arrependimentos;
- Participar de atividades inter-religiosas;
- Estudar os valores humanos e princípios religiosos;
- Disponibilizar espaços da comunidade religiosa;
- Fazer análise e interpretação da tradição e textos religiosos;
- Preservar a natureza segundo a tradição;
- Transmitir o fundamento do axé;
- Receber palavras de inspiração;
- Zelar pela correta transmissão da tradição oral e escrita;
- Fazer visitas religiosas em diferentes locais;
- Celebrar casamentos;
- Fazer direção espiritual;
- Meditar;
- Determinar cargos hierárquicos via oráculo;
- Credenciar líderes religiosos;
- Exercer capelanias;
- Colaborar na manutenção de asilos, creches e outras atividades sociais;
- Manter com recursos próprios publicações impressas, áudio visual etc;
- Resgatar valores cosmológicos indígenas através de encontros de líderes espirituais (ywyrajá);
- Apoiar comunidade com assistência médica e jurídica;
- Transmitir ensinamentos religiosos utilizando os meios adequados e específicos de cada tradição;
- Realizar trabalhos itinerantes;
- Dar aulas;
- Criar entidades de apoio;
- Transmitir oralmente ensinamentos religiosos de acordo com degraus hierárquicos (respeitando segredo);
- Consultar ancestrais, entidades e/ou divindades espirituais para dirigir comunidades;
- Estudar a doutrina religiosa;
- Dirigir estabelecimentos de ensino;
- Publicar artigos em revistas, jornais, livros e afins;
- Registrar a memória religiosa;
- Ministrar ordenações;
- Manter com recursos próprios creches, asilos e outras atividades sociais;
- Formar missionários;
- Pesquisar na tradição e nos textos sagrados;
- Elaborar estatutos e regimentos internos;
- Divulgar resultados da pesquisa;
- Criar conselhos administrativos;
- Contemplar;
- Fazer aconselhamento pessoal e familiar;
- Assistir aos dependentes de drogas químicas;
- Reintegrar socialmente pessoas;
- Estar aberto ao diálogo inter-religioso;
- Orientar sobre a lei islâmica (charia);
- Realizar investidura de líderes religiosos;
- Atuar em universidades (docência e pesquisa);
- Celebrar eucaristia e serviços memoriais;
- Acolher pessoas vítimas das diversas formas de violência e de catástrofes ambientais;
- Dirigir creches, asilos, escolas etc;
- Participar de assembleias, conselhos, sínodos, concílios;
- Realizar ipomri (culto à placenta);
- Realizar ritos, celebrações e festas;
- Responder juridicamente pela entidade;
- Participar de congressos, seminários especializados;
- Divulgar tradição;
- Realizar orações para cura;
- Requerer registros de funcionamento junto aos órgãos competentes;
- Respeitar as tradições religiosas e seus preceitos morais;
- Trabalhar e orar (leigos religiosos);
- Opinar sobre assuntos polêmicos;
- Fazer interpretações de sonhos;
- Elaborar material de ensino e difusão audiovisual, digital etc;
- Evocar ou despertar a memória ancestral;
- Ensinar o ifá (oráculo);
- Consultar bibliotecas, videotecas etc;
- Ministrar unção dos enfermos;
- Ministrar crisma, confirmação e confissão;
- Praticar concentração (plena atenção);
- Atuar dentro ou fora dos templos (zona urbana ou rural);
- Manter-se atualizado nas questões sociais polêmicas;
- Fortalecer a fé através de atos, devoções e orações;
- Orientar espiritualmente a comunidade;
- Fazer aconselhamento espiritual e social;
- Abrir centros de estudo, prática, templos e igrejas;
- Preparar e ordenar monges budistas;
- Orar;
- Aplicar leis canônica e eclesiástica;
- Dirigir centros de formação religiosa;
- Fazer ou formar discípulos;
- Realizar ações contra discriminação e exclusão;
- Ensinar o alcorão;
- Organizar a catequese;
- Ensinar o respeito à vida, à ecologia, à cosmologia;
- Colaborar na manutenção de publicações, impressos, audiovisuais, digitais, etc;
- Fazer sermões, homilías e receitar o ifá;
- Ensinar os sutras budistas;
- Professar a fé;
- Sistematizar informações das tradições orais e escritas;
- Atuar como missionário dentro ou fora do país;
- Organizar as pastorais;
- Buscar equilíbrio de vida;
- Coletar e distribuir ´sada kat´ (doação voluntária ou obrigatória);
- Conduzir a cerimônia do zikr;
- Apoiar movimentos populares;
- Preservar os rituais, cânticos e danças sagrados;
- Estabelecer hierarquia da casa;
- Consultar ancestrais, divindades e entidades para orientar pessoas;
- Iniciar neófitos na tradição religiosa;
- Ministrar batismos e cerimoniais de nascimento;
- Prestar assessoria sobre questões éticas e religiosas;
- Consultar oráculo sagrado;
- Realizar rituais de cura (budistas, afro-brasileiros, evangélicos, indígenas - anonguerá);
- Realizar viagens a lugares sagrados das tradições;
- Adequar leis religiosas ao ambiente sociocultural;
- Buscar recursos financeiros (dízimos, ofertas, empréstimos etc);
- Transmitir ensinamentos esotéricos de acordo com os graus de iniciação;
- Realizar práticas devocionais;
- Orientar religiosamente a comunidade;
- Promover retiros espirituais;
- Realizar circuncisão;
- Ensinar ilahis (música mística sufi);
- Avaliar os formandos no seu processo de aprendizagem;
- Zelar pelo ensino ortodoxo e sistemático da tradição;
- Traduzir literatura especializada;
- Organizar fundo de ´zakat´para coleta e distribuição;
- Ministrar penitências;
- Cultivar o amor, a justiça, a paz, a sabedoria e a compaixão;
- Organizar campanhas assistenciais;
- Ordenar ministros religiosos;
- Assistir ao povo de rua;
- Realizar bênçãos, consagrações e orações;
- Adequar o ´ethos´ religioso às condições locais;
- Organizar a vida litúrgica;
- Organizar eventos culturais, esportivos e de lazer;
- Aplicar oráculo sagrado;
- Participar de diálogos inter-religiosos;
- Proferir palestras;
- Dar orientação pastoral;
- Dirigir assembleias, conselhos, sínodos, concílios;
- Participar de confederações, federações, conselhos dos mais velhos;
- Zelar pelo espaço e objetos sagrados;
- Realizar oferendas e sacrifícios (animais);
- Orientar a formação religiosa;
- Proclamar os princípios bíblicos;
- Recrutar missionários;
- Jogar búzios para orientar pessoas;
- Viver coerentemente com os ensinamentos;
- Ensinar idioma original da tradição religiosa;
- Receber a revelação;
- Promover a paz e a justiça;
Onde o Ministro de Culto Religioso pode trabalhar
Ministros de culto, missionários, teólogos e profissionais assemelhados os profissionais podem desenvolver suas atividades como consagrados ou leigos, de forma profissional ou voluntária, em templos, igrejas, sinagogas, mosteiros, casas de santo e terreiros, aldeias indígenas, casas de culto etc. Também estão presentes em universidades e escolas, centros de pesquisa, sociedades beneficentes e associações religiosas, organizações não-governamentais, instituições públicas e privadas. Uma parte de suas práticas tem caráter subjetivo e pessoal e é desenvolvida individualmente, como a oração e as atividades meditativas e contemplativas , outra parte se dá em grupo, como a realização de celebrações, cultos etc. Nos últimos anos, em várias tradições, tem havido um movimento na direção da profissionalização dessas ocupações, para que possam se dedicar exclusivamente às tarefas religiosas em suas comunidades. Nesses casos, os profissionais são por elas mantidos.
Como trabalhar de Ministro de Culto Religioso
Nesta família ocupacional a formação depende da tradição religiosa e da ocupação. Naquelas tradições de transmissão oral, como as afro- brasileiras e indígenas, as ocupações não requerem nível especial de escolaridade formal. Já nas tradições baseadas em textos escritos, é desejável que Ministros(as) de culto e Missionários(as) tenham o superior completo. No caso dos(as) Teólogos(as), é esperado que tenham formação superior em Teologia não é incomum entre eles, porém, a presença de títulos de pós-graduação ou cursos equivalentes. Ascender a níveis superiores de estudo pode facilitar também a progressão das outras duas ocupações na carreira eclesiástica. Qualquer que seja a tradição religiosa, contudo, tanto ou mais que a formação, contam a fé e o chamamento individual para o serviço do divino.
Quanto ganha um Ministro de Culto Religioso
O Ministro de Culto Religioso tem um salário inicial de R$ 1.335,02 podendo chegar a R$ 5.763,34 dependendo da empresa e do tempo de experiência do profissional na área, sendo que R$ 2.119,16 é a média salarial da profissão em todo Brasil.
O piso salarial médio do cargo fica em torno de R$ 2.833,86 de acordo com instrumentos coletivos registrados por sindicatos da categoria na plataforma Mediador - Sistema de Negociações Coletivas de Trabalho da Subsecretaria de Relações do Trabalho - SRT (acordos coletivos, convenções coletivas e dissídios que citam Ministro de Culto Religioso).
Qual a jornada de trabalho do Ministro de Culto Religioso
O Ministro de Culto Religioso trabalha em média 40 horas por semana (200 por mês) no mercado de trabalho do Brasil.